Secretários não comparecem para prestar depoimento a CEI que apura explosão em metalúrgica de Cabreúva
Prefeitura informou que servidores não foram intimados, mas Câmara rebateu dizendo que a intimação foi protocolada na prefeitura na semana passada. Explosão deixou quatro mortos e pelo menos 30 feridos. Explosão destruiu empresa e deixou dezenas de funcionários feridos em Cabreúva Prefeitura de Cabreúva/Divulgação A Câmara de Cabreúva (SP) abriu uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar a explosão na metalúrgica Tex Tarugos, que deixou quatro mortos e pelo menos 30 feridos. Segundo apurado pela TV TEM, dois secretários municipais deveriam prestar depoimento na segunda-feira (18), mas não compareceram. Um fiscal da prefeitura também deveria comparecer à CEI nesta terça-feira (19), mas não foi até o local. A prefeitura informou que os servidores não foram intimados, mas a Câmara rebateu dizendo que a intimação foi protocolada na prefeitura na semana passada. Ainda nesta semana, os donos da Tex Tarugos e representantes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) devem ser ouvidos pela polícia, segundo o delegado Ruíter Martins, que investiga o caso. O técnico de segurança do trabalho e o engenheiro da empresa já foram ouvidos. A polícia ainda aguarda os laudos da perícia. Técnico e engenheiro se desligaram um dia antes O técnico e o engenheiro de segurança do trabalho da metalúrgica Tex Tarugos se desligaram da empresa no dia anterior ao acidente. A informação é do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e foi divulgada na quinta-feira (14), após uma audiência com representantes da metalúrgica. "Notamos que o técnico de segurança do trabalho e o engenheiro do trabalho ainda terão muito o que explicar. Também chamou atenção terem rompido o contrato com a empresa no dia 31 de agosto e a explosão ocorrer no outro dia. Infelizmente, as explicações dadas não batem", explica Ubiratan Vieira, coordenador e chefe da Fiscalização na GRT-Sorocaba (SP). Ubiratan disse também que no sábado (2), dia seguinte à explosão, os dois profissionais estiveram no local da tragédia. Eles possuíam empresas e tinham contrato com a Tex Tarugos. "Tentaram arrumar uma desculpa. Se saíram dia 31 de agosto, o que estavam fazendo lá dia 2 (sábado), à tarde?", questiona. Participaram da audiência os advogados da empresa e os responsáveis pela segurança no trabalho. O superintendente Marcus Mello também esteve na audiência, assim como os auditores Roque Camargo Júnior e o chefe da Fiscalização de Saúde e Segurança no Trabalho, Guilherme Guernica. Também participaram representantes do Cerest de Indaiatuba (SP) e de Sorocaba. Explosão deixou dezenas de feridos em Cabreúva Reprodução/Redes sociais Irregularidades Segundo Ubiratan, a Tex Tarugos não tem alvará de funcionamento e possui histórico de desconformidades em suas operações, incluindo problemas como falta de manutenção em seus equipamentos. A Prefeitura de Cabreúva confirmou a informação. Conforme o poder público, o Executivo foi informado 15 dias antes da explosão de que a metalúrgica não tinha licença ambiental da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para funcionar. A falta de alvará se deu pela empresa não ter o AVCB e nem a licença da Cetesb. A metalúrgica também recebeu quatro advertências e duas multas da Cetesb. As irregularidades se somam aos problemas já apontados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Empresa de Cabreúva (SP) ficou destruída após explosão de forno Reprodução Sobre a falta de documentos necessários para o funcionamento da empresa, Ruíter afirma que a investigação vai apurar, também, quais órgãos deveriam ter atuado neste caso e interditado a empresa. "A polícia vai pedir as notificações de alvará e irregularidades para entender porque a empresa estava trabalhando sem estes documentos." Um comitê do MTE foi montado para investigar sobre a falta de documentos e o funcionamento irregular da empresa. Vítimas Quatro pessoas morreram por causa da explosão: Weverton Oliveira da Silva, de 42 anos; Fernando Nascimento dos Santos, de 25 anos; Azarias Barbosa do Nascimento, de 46 anos; e Erick Mendes de Souza, de 21 anos. A Tex Tarugos informou que aproximadamente 40 funcionários trabalhavam na metalúrgica e que todos eram maiores de idade. Além disso, disse que o local tinha um programa de segurança de trabalho e que os empregados usavam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), e que está apoiando as famílias das vítimas e fazendo a rescisão contratual das quatro pessoas que morreram na tragédia. De acordo com a empresa, cinco funcionários continuam internados. Vítimas de explosão em metalúrgica de Cabreúva Reprodução A Tex Tarugos terá cinco dias corridos para apresentar uma série de documentos pedidos pela procuradora Alvamari Tebet, como a relação de funcionários próprios e terceirizados, os programas implementados e os documentos que já tinham sido entregues ao Corpo de Bombeiros para a liberação do AVCB. A TV TEM pediu uma posição da Tex Tarugos, que afirmou que pagou os funcionários neste mês e que a empresa f
Prefeitura informou que servidores não foram intimados, mas Câmara rebateu dizendo que a intimação foi protocolada na prefeitura na semana passada. Explosão deixou quatro mortos e pelo menos 30 feridos. Explosão destruiu empresa e deixou dezenas de funcionários feridos em Cabreúva Prefeitura de Cabreúva/Divulgação A Câmara de Cabreúva (SP) abriu uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar a explosão na metalúrgica Tex Tarugos, que deixou quatro mortos e pelo menos 30 feridos. Segundo apurado pela TV TEM, dois secretários municipais deveriam prestar depoimento na segunda-feira (18), mas não compareceram. Um fiscal da prefeitura também deveria comparecer à CEI nesta terça-feira (19), mas não foi até o local. A prefeitura informou que os servidores não foram intimados, mas a Câmara rebateu dizendo que a intimação foi protocolada na prefeitura na semana passada. Ainda nesta semana, os donos da Tex Tarugos e representantes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) devem ser ouvidos pela polícia, segundo o delegado Ruíter Martins, que investiga o caso. O técnico de segurança do trabalho e o engenheiro da empresa já foram ouvidos. A polícia ainda aguarda os laudos da perícia. Técnico e engenheiro se desligaram um dia antes O técnico e o engenheiro de segurança do trabalho da metalúrgica Tex Tarugos se desligaram da empresa no dia anterior ao acidente. A informação é do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e foi divulgada na quinta-feira (14), após uma audiência com representantes da metalúrgica. "Notamos que o técnico de segurança do trabalho e o engenheiro do trabalho ainda terão muito o que explicar. Também chamou atenção terem rompido o contrato com a empresa no dia 31 de agosto e a explosão ocorrer no outro dia. Infelizmente, as explicações dadas não batem", explica Ubiratan Vieira, coordenador e chefe da Fiscalização na GRT-Sorocaba (SP). Ubiratan disse também que no sábado (2), dia seguinte à explosão, os dois profissionais estiveram no local da tragédia. Eles possuíam empresas e tinham contrato com a Tex Tarugos. "Tentaram arrumar uma desculpa. Se saíram dia 31 de agosto, o que estavam fazendo lá dia 2 (sábado), à tarde?", questiona. Participaram da audiência os advogados da empresa e os responsáveis pela segurança no trabalho. O superintendente Marcus Mello também esteve na audiência, assim como os auditores Roque Camargo Júnior e o chefe da Fiscalização de Saúde e Segurança no Trabalho, Guilherme Guernica. Também participaram representantes do Cerest de Indaiatuba (SP) e de Sorocaba. Explosão deixou dezenas de feridos em Cabreúva Reprodução/Redes sociais Irregularidades Segundo Ubiratan, a Tex Tarugos não tem alvará de funcionamento e possui histórico de desconformidades em suas operações, incluindo problemas como falta de manutenção em seus equipamentos. A Prefeitura de Cabreúva confirmou a informação. Conforme o poder público, o Executivo foi informado 15 dias antes da explosão de que a metalúrgica não tinha licença ambiental da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para funcionar. A falta de alvará se deu pela empresa não ter o AVCB e nem a licença da Cetesb. A metalúrgica também recebeu quatro advertências e duas multas da Cetesb. As irregularidades se somam aos problemas já apontados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Empresa de Cabreúva (SP) ficou destruída após explosão de forno Reprodução Sobre a falta de documentos necessários para o funcionamento da empresa, Ruíter afirma que a investigação vai apurar, também, quais órgãos deveriam ter atuado neste caso e interditado a empresa. "A polícia vai pedir as notificações de alvará e irregularidades para entender porque a empresa estava trabalhando sem estes documentos." Um comitê do MTE foi montado para investigar sobre a falta de documentos e o funcionamento irregular da empresa. Vítimas Quatro pessoas morreram por causa da explosão: Weverton Oliveira da Silva, de 42 anos; Fernando Nascimento dos Santos, de 25 anos; Azarias Barbosa do Nascimento, de 46 anos; e Erick Mendes de Souza, de 21 anos. A Tex Tarugos informou que aproximadamente 40 funcionários trabalhavam na metalúrgica e que todos eram maiores de idade. Além disso, disse que o local tinha um programa de segurança de trabalho e que os empregados usavam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), e que está apoiando as famílias das vítimas e fazendo a rescisão contratual das quatro pessoas que morreram na tragédia. De acordo com a empresa, cinco funcionários continuam internados. Vítimas de explosão em metalúrgica de Cabreúva Reprodução A Tex Tarugos terá cinco dias corridos para apresentar uma série de documentos pedidos pela procuradora Alvamari Tebet, como a relação de funcionários próprios e terceirizados, os programas implementados e os documentos que já tinham sido entregues ao Corpo de Bombeiros para a liberação do AVCB. A TV TEM pediu uma posição da Tex Tarugos, que afirmou que pagou os funcionários neste mês e que a empresa faz os comunicados de acidente de trabalho (CAT) dos empregados. A metalúrgica também confirmou que presta apoio psicológico e ajuda material às famílias das vítimas. 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