Quatro são mortos em confronto com a PM em operação policial; número sobe para 38 no litoral de SP
Dos suspeitos mortos, dois eram menores de idade. Um outro homem foi baleado e socorrido. O caso aconteceu em São Vicente (SP). Caso aconteceu no bairro Jardim Rio Branco, em São Vicente g1 Santos Quatro suspeitos, sendo dois menores de idade, morreram após serem baleados durante um confronto com policiais militares em São Vicente, no litoral de São Paulo. Um jovem, de 24 anos, também foi atingido e hospitalizado. Com a ocorrência, chega a 38 o número de mortos na Operação Verão na Baixada Santista, que foi reforçada após o assassinato do PM da Rota Samuel Cosmo. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. A troca de tiros ocorreu por volta de 19h15 de terça-feira (27), na Rua Mário Davis Lerner, no Jardim Rio Branco. De acordo com o boletim de ocorrência (BO), obtido pelo g1, uma equipe policial realizava operação de combate ao tráfico de drogas na região e resolveu surpreender traficantes chegando a um ponto de venda por uma área de mata e mangue. Como o local era de difícil acesso, os policiais solicitaram apoio de outras equipes, que foram em direção ao mesmo destino, mas pela rota normal. Segundo o BO, os traficantes se depararam com esses agentes e, por isso, tentaram fugir pela área de mata. Porém, foram surpreendidos pela equipe que fazia a operação e passaram a disparar contra os policiais, que revidaram. Após o tiroteio, os agentes resgataram cinco homens que estavam caídos no chão baleados e acionaram o socorro. Eles foram encaminhados para hospitais da cidade, mas quatro não resistiram. Apenas o suspeito de 24 anos sobreviveu e foi internado no Hospital do Vicentino, sob escolta policial. As vítimas fatais foram identificadas como Peterson Souza Da Silva Xavier Nogueira (32 anos), Luiz Henrique Jurovitz Alves De Lima (18 anos), Kauê Henrique Diniz Batista (17 anos) e Marcus Vinícius Jurovitz De Lima (17 anos). Apreensões e testemunha No local da troca de tiros, foram encontradas três armas de fogo e um carregador ao lado dos homens alvejados. Já no ponto de venda de drogas, foram localizadas 68 porções de maconha, 55 pedras de substância aparentando ser crack e 77 porções de cocaína, separadas e embaladas para venda, além da quantia de R$729,00 em espécie e cinco aparelhos celulares. Todo o material foi apreendido. O local não foi preservado devido à dificuldade de acesso, ficando prejudicado para perícia. Uma testemunha, de 29 anos, também foi encontrada próximo ao ponto. O homem não tinha ferimentos e contou aos agentes que é usuário de drogas e estava na ‘biqueira’ para comprar entorpecentes, quando viu os traficantes correrem e também saiu correndo. Em seguida, ele contou ter ouvido os disparos e se jogado no mato. O homem passou por revista pessoal, mas nada de ilícito foi encontrado. Ele foi levado para delegacia, mas logo liberado, pois estava mais afastado do local da troca de tiros e não havia provas da ligação com o tráfico. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), todos os casos de mortes em confronto são rigorosamente investigados pela Polícia Civil e Militar, com acompanhamento do Ministério Público e Poder Judiciário. Operação Verão A Operação Verão foi estabelecida na Baixada Santista desde dezembro de 2023. No entanto, as 2ª e 3ª fases, que, respectivamente, contaram com reforço policial e instalação do gabinete de Segurança Pública em Santos, foram decretadas logo após os assassinatos do soldado PM Samuel Wesley Cosmo, no último dia 2, e do cabo José Silveira dos Santos, no dia 7 de fevereiro. A atual fase da operação, inclusive, contou com a presença do gabinete da SSP-SP na região. A pasta esteve sediada na Baixada Santista durante 13 dias. As mortes dos suspeitos em confrontos com a polícia passaram a ser contabilizadas desde o último dia 7 deste mês. Segundo a SSP, desde o início da Operação Verão, em 18 de dezembro, 797 criminosos foram presos, incluindo 301 procurados pela Justiça, e 562,4 quilos de drogas retiradas das ruas. Além disso, 86 armas ilegais, incluindo fuzis de uso restrito, foram recolhidos. Todos os casos de mortes em confronto são investigados. A Defensoria Pública de São Paulo, em conjunto com a Conectas Direitos Humanos e o Instituto Vladimir Herzog, pediu no último dia 16 à Organização das Nações Unidas (ONU) o fim da operação policial na região e a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais pelos policiais militares. A Ouvidoria da Polícia de São Paulo, em conjunto com entidades de segurança pública e proteção de direitos humanos, também denunciou à Procuradoria-Geral de Justiça do Estado irregularidades nas abordagens de policiais durante a Operação Verão na Baixada Santista. Além das denúncias, o documento conta com uma série de recomendações aos órgãos públicos para que cessem as violações de direitos humanos praticadas pela polícia. Mortes de policiais Policiais militares Marcelo Augusto da Silva, Samuel Wesley Cosmo e José Silveira dos Santos, mortos na Baixada Santista (SP) Re
Dos suspeitos mortos, dois eram menores de idade. Um outro homem foi baleado e socorrido. O caso aconteceu em São Vicente (SP). Caso aconteceu no bairro Jardim Rio Branco, em São Vicente g1 Santos Quatro suspeitos, sendo dois menores de idade, morreram após serem baleados durante um confronto com policiais militares em São Vicente, no litoral de São Paulo. Um jovem, de 24 anos, também foi atingido e hospitalizado. Com a ocorrência, chega a 38 o número de mortos na Operação Verão na Baixada Santista, que foi reforçada após o assassinato do PM da Rota Samuel Cosmo. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. A troca de tiros ocorreu por volta de 19h15 de terça-feira (27), na Rua Mário Davis Lerner, no Jardim Rio Branco. De acordo com o boletim de ocorrência (BO), obtido pelo g1, uma equipe policial realizava operação de combate ao tráfico de drogas na região e resolveu surpreender traficantes chegando a um ponto de venda por uma área de mata e mangue. Como o local era de difícil acesso, os policiais solicitaram apoio de outras equipes, que foram em direção ao mesmo destino, mas pela rota normal. Segundo o BO, os traficantes se depararam com esses agentes e, por isso, tentaram fugir pela área de mata. Porém, foram surpreendidos pela equipe que fazia a operação e passaram a disparar contra os policiais, que revidaram. Após o tiroteio, os agentes resgataram cinco homens que estavam caídos no chão baleados e acionaram o socorro. Eles foram encaminhados para hospitais da cidade, mas quatro não resistiram. Apenas o suspeito de 24 anos sobreviveu e foi internado no Hospital do Vicentino, sob escolta policial. As vítimas fatais foram identificadas como Peterson Souza Da Silva Xavier Nogueira (32 anos), Luiz Henrique Jurovitz Alves De Lima (18 anos), Kauê Henrique Diniz Batista (17 anos) e Marcus Vinícius Jurovitz De Lima (17 anos). Apreensões e testemunha No local da troca de tiros, foram encontradas três armas de fogo e um carregador ao lado dos homens alvejados. Já no ponto de venda de drogas, foram localizadas 68 porções de maconha, 55 pedras de substância aparentando ser crack e 77 porções de cocaína, separadas e embaladas para venda, além da quantia de R$729,00 em espécie e cinco aparelhos celulares. Todo o material foi apreendido. O local não foi preservado devido à dificuldade de acesso, ficando prejudicado para perícia. Uma testemunha, de 29 anos, também foi encontrada próximo ao ponto. O homem não tinha ferimentos e contou aos agentes que é usuário de drogas e estava na ‘biqueira’ para comprar entorpecentes, quando viu os traficantes correrem e também saiu correndo. Em seguida, ele contou ter ouvido os disparos e se jogado no mato. O homem passou por revista pessoal, mas nada de ilícito foi encontrado. Ele foi levado para delegacia, mas logo liberado, pois estava mais afastado do local da troca de tiros e não havia provas da ligação com o tráfico. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), todos os casos de mortes em confronto são rigorosamente investigados pela Polícia Civil e Militar, com acompanhamento do Ministério Público e Poder Judiciário. Operação Verão A Operação Verão foi estabelecida na Baixada Santista desde dezembro de 2023. No entanto, as 2ª e 3ª fases, que, respectivamente, contaram com reforço policial e instalação do gabinete de Segurança Pública em Santos, foram decretadas logo após os assassinatos do soldado PM Samuel Wesley Cosmo, no último dia 2, e do cabo José Silveira dos Santos, no dia 7 de fevereiro. A atual fase da operação, inclusive, contou com a presença do gabinete da SSP-SP na região. A pasta esteve sediada na Baixada Santista durante 13 dias. As mortes dos suspeitos em confrontos com a polícia passaram a ser contabilizadas desde o último dia 7 deste mês. Segundo a SSP, desde o início da Operação Verão, em 18 de dezembro, 797 criminosos foram presos, incluindo 301 procurados pela Justiça, e 562,4 quilos de drogas retiradas das ruas. Além disso, 86 armas ilegais, incluindo fuzis de uso restrito, foram recolhidos. Todos os casos de mortes em confronto são investigados. A Defensoria Pública de São Paulo, em conjunto com a Conectas Direitos Humanos e o Instituto Vladimir Herzog, pediu no último dia 16 à Organização das Nações Unidas (ONU) o fim da operação policial na região e a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais pelos policiais militares. A Ouvidoria da Polícia de São Paulo, em conjunto com entidades de segurança pública e proteção de direitos humanos, também denunciou à Procuradoria-Geral de Justiça do Estado irregularidades nas abordagens de policiais durante a Operação Verão na Baixada Santista. Além das denúncias, o documento conta com uma série de recomendações aos órgãos públicos para que cessem as violações de direitos humanos praticadas pela polícia. Mortes de policiais Policiais militares Marcelo Augusto da Silva, Samuel Wesley Cosmo e José Silveira dos Santos, mortos na Baixada Santista (SP) Reprodução/Redes Sociais e g1 Santos No dia 26 de janeiro, o policial militar Marcelo Augusto da Silva foi morto na rodovia dos Imigrantes, na altura de Cubatão. Ele foi baleado enquanto voltava para casa de moto. Uma grande quantidade de munições estava espalhada na rodovia. O armamento de Marcelo, no entanto, não foi encontrado. Segundo a Polícia Civil, Marcelo foi atingido por um disparo na cabeça e dois no abdômen. Ele integrava o 38º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) de São Paulo, mas fazia parte do reforço da Operação Verão em Praia Grande (SP). No dia 2 de fevereiro, o policial das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Samuel Wesley Cosmo morreu durante patrulhamento de rotina na Praça José Lamacchia. O agente chegou a ser socorrido para a Santa Casa de Santos (SP), mas morreu na unidade. Uma gravação de câmera corporal obtida pelo g1 mostra o momento em que o soldado da Rota foi baleado no rosto durante um patrulhamento no bairro Bom Retiro (assista abaixo). Vídeo mostra o PM da Rota sendo baleado no rosto em viela no litoral de SP Cinco dias depois, o cabo PM José Silveira dos Santos, do 2⁰ Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), morreu ao ser baleado durante patrulhamento no bairro Jardim São Manoel, em Santos. Na ocasião, outro policial militar foi baleado e internado – ele recebeu alta médica no dia 21. VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos