MP investiga suspeita de desvio de dinheiro em estacionamento público de Niterói
O ex-vereador de São Gonçalo, Alex da Agência, é o dono da chave PIX que recebia o pagamento dos clientes pelo serviço. O chefe da Superintendência de Terminais e Estacionamentos de Niterói (Suten), órgão responsável pela gestão do local, Dejorge Patrício, é ex-sócio de Alex. MP investiga suspeita de desvio de dinheiro em estacionamento público de Niterói O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) está investigando um suposto esquema de desvio de dinheiro público envolvendo o órgão responsável pela gestão de estacionamentos públicos de Niterói. De acordo com a denúncia, a gestão do estacionamento público localizado nos fundos do Terminal Rodoviário João Goulart, no Centro de Niterói, pode ter sido utilizada para acordos políticos. A suspeita é que os valores pagos pelos clientes do estacionamento eram desviados antes de chegar nas contas do município. PIX desviado Um vídeo gravado no início de setembro mostra um carro entrando no estacionamento, que na época era administrado pela Superintendência de Terminais e Estacionamentos de Niterói (Suten). Na hora de pagar a conta, o cliente é informado que o valor deve ser enviado por PIX. A chave PIX disponível pertence a Alex Rocha Brito, o Alex da Agência. Reprodução TV Globo Contudo, o PIX que aparece em um papel colado na cabine de cobrança do estacionamento não é de uma conta de titularidade pública. A chave PIX disponível pertence a Alex Rocha Brito, ou Alex da Agência, como ele ficou conhecido quando foi vereador em São Gonçalo, cidade vizinha de Niterói. Os investigadores descobriram que o chefe da Suten, Dejorge Patrício, outro político de São Gonçalo, foi sócio de Alex da Agência. Juntos, eles fundaram a empresa D&A 2019 Comércio e Serviços Alimentos Limitada. Em 2019, Dejorge deixou o negócio e Alex passou a ser o único administrador da empresa, que mudou de nome para Contact Sport Escola de Futebol e Lazer Limitada. Fontes contaram ao RJ1 que a nomeação de Dejorge Patrício na Superintendência é atribuída ao ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves, como uma forma de retribuir o apoio na eleição. MP investiga suspeita de desvio de dinheiro em estacionamento público de Niterói Reprodução TV Globo Em uma postagem na internet, Alex da Agência relatou a satisfação de fazer parte de uma reunião com Dejorge Patrício, a quem chamou de amigo, e com o então candidato ao governo do Rio, Rodrigo Neves. Devolução do dinheiro desviado O Ministério Público abriu um inquérito para apurar o caso e quer identificar todos os responsáveis pelo desperdício de dinheiro público. Além disso, os investigadores querem calcular quanto foi parar indevidamente no bolso dos culpados. O objetivo do órgão é fazer com que eles tenham que devolver essa verba aos cofres públicos. "Essa é uma denúncia gravíssima, que chegou ao nosso conhecimento e ao conhecimento do MP praticamente ao mesmo tempo. Essa é uma história muito estranha", comentou o vereador Eduardo Gomes (Psol). Alex da Agência ao lado do chefe da Superintendência de Terminais e Estacionamentos de Niterói (Suten), Dejorge Patrício. Reprodução TV Globo Depois de um Termo de Ajustamento de Conduta do Ministério Público para ordenamento urbano, atualmente, o estacionamento é operado pela Niterói Rotativo - uma concessionária do serviço de exploração de estacionamento na cidade. Contudo, o dano aos cofres públicos já ficou configurado, segundo a investigação do MP. "O recurso era extraviado pra uma conta privada. Acho muito estranho. Nós vamos, na medida do possível, nas limitações de uma Câmara Municipal, nós vamos continuar acompanhando as investigações levadas a cabo pelo MP", completou Eduardo Gomes. O que dizem os citados Em nota, o Ministério Público do Rio informou que o prefeito Axel Grael foi oficiado no último dia 12, para que adote medidas para investigação do caso, identificando os responsáveis e o dano aos cofres públicos. O prazo de resposta é de 30 dias. A prefeitura de Niterói explicou que não tolera esse tipo de postura e que demitiu os servidores envolvidos. Segundo o município, o afastamento foi publicado no dia 13 de setembro. A prefeitura informou ainda que abriu uma sindicância para investigar o caso e que o acordo entre a prefeitura, o MP e a concessionária Niterói Rotativo foi assinado no dia 30 de agosto. A TV Globo procurou Alex Rocha Brito, o dono do PIX, mas ainda não teve resposta. A reportagem não conseguiu contato com Dejorge Patrício.
O ex-vereador de São Gonçalo, Alex da Agência, é o dono da chave PIX que recebia o pagamento dos clientes pelo serviço. O chefe da Superintendência de Terminais e Estacionamentos de Niterói (Suten), órgão responsável pela gestão do local, Dejorge Patrício, é ex-sócio de Alex. MP investiga suspeita de desvio de dinheiro em estacionamento público de Niterói O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) está investigando um suposto esquema de desvio de dinheiro público envolvendo o órgão responsável pela gestão de estacionamentos públicos de Niterói. De acordo com a denúncia, a gestão do estacionamento público localizado nos fundos do Terminal Rodoviário João Goulart, no Centro de Niterói, pode ter sido utilizada para acordos políticos. A suspeita é que os valores pagos pelos clientes do estacionamento eram desviados antes de chegar nas contas do município. PIX desviado Um vídeo gravado no início de setembro mostra um carro entrando no estacionamento, que na época era administrado pela Superintendência de Terminais e Estacionamentos de Niterói (Suten). Na hora de pagar a conta, o cliente é informado que o valor deve ser enviado por PIX. A chave PIX disponível pertence a Alex Rocha Brito, o Alex da Agência. Reprodução TV Globo Contudo, o PIX que aparece em um papel colado na cabine de cobrança do estacionamento não é de uma conta de titularidade pública. A chave PIX disponível pertence a Alex Rocha Brito, ou Alex da Agência, como ele ficou conhecido quando foi vereador em São Gonçalo, cidade vizinha de Niterói. Os investigadores descobriram que o chefe da Suten, Dejorge Patrício, outro político de São Gonçalo, foi sócio de Alex da Agência. Juntos, eles fundaram a empresa D&A 2019 Comércio e Serviços Alimentos Limitada. Em 2019, Dejorge deixou o negócio e Alex passou a ser o único administrador da empresa, que mudou de nome para Contact Sport Escola de Futebol e Lazer Limitada. Fontes contaram ao RJ1 que a nomeação de Dejorge Patrício na Superintendência é atribuída ao ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves, como uma forma de retribuir o apoio na eleição. MP investiga suspeita de desvio de dinheiro em estacionamento público de Niterói Reprodução TV Globo Em uma postagem na internet, Alex da Agência relatou a satisfação de fazer parte de uma reunião com Dejorge Patrício, a quem chamou de amigo, e com o então candidato ao governo do Rio, Rodrigo Neves. Devolução do dinheiro desviado O Ministério Público abriu um inquérito para apurar o caso e quer identificar todos os responsáveis pelo desperdício de dinheiro público. Além disso, os investigadores querem calcular quanto foi parar indevidamente no bolso dos culpados. O objetivo do órgão é fazer com que eles tenham que devolver essa verba aos cofres públicos. "Essa é uma denúncia gravíssima, que chegou ao nosso conhecimento e ao conhecimento do MP praticamente ao mesmo tempo. Essa é uma história muito estranha", comentou o vereador Eduardo Gomes (Psol). Alex da Agência ao lado do chefe da Superintendência de Terminais e Estacionamentos de Niterói (Suten), Dejorge Patrício. Reprodução TV Globo Depois de um Termo de Ajustamento de Conduta do Ministério Público para ordenamento urbano, atualmente, o estacionamento é operado pela Niterói Rotativo - uma concessionária do serviço de exploração de estacionamento na cidade. Contudo, o dano aos cofres públicos já ficou configurado, segundo a investigação do MP. "O recurso era extraviado pra uma conta privada. Acho muito estranho. Nós vamos, na medida do possível, nas limitações de uma Câmara Municipal, nós vamos continuar acompanhando as investigações levadas a cabo pelo MP", completou Eduardo Gomes. O que dizem os citados Em nota, o Ministério Público do Rio informou que o prefeito Axel Grael foi oficiado no último dia 12, para que adote medidas para investigação do caso, identificando os responsáveis e o dano aos cofres públicos. O prazo de resposta é de 30 dias. A prefeitura de Niterói explicou que não tolera esse tipo de postura e que demitiu os servidores envolvidos. Segundo o município, o afastamento foi publicado no dia 13 de setembro. A prefeitura informou ainda que abriu uma sindicância para investigar o caso e que o acordo entre a prefeitura, o MP e a concessionária Niterói Rotativo foi assinado no dia 30 de agosto. A TV Globo procurou Alex Rocha Brito, o dono do PIX, mas ainda não teve resposta. A reportagem não conseguiu contato com Dejorge Patrício.