Itamaraty já reúne segundo grupo de brasileiros presos em Gaza; bebê está na lista
Nova leva tem cerca de 50 pessoas, entre cidadãos do Brasil, parentes dos que entraram na primeira lista e até um bebê brasileiro. Primeiro grupo, com 34 pessoas, tentou cruzar a fronteira nesta sexta (10), mas saída foi adiada para sábado (11). Brasileiros são autorizados a sair de Gaza nesta sexta (10) Após reunir um primeiro grupo de brasileiros e seus parentes - que deixariam a Faixa de Gaza nesta sexta-feira (10) mas não conseguiram - o Itamaraty já prepara uma segunda leva de pessoas que tentará retirar do território palestino. O novo grupo é formado por cerca de 50 pessoas e, entre elas, está um bebê brasileiro, filho de uma palestina que vive no Brasil mas estavam em Gaza quando a guerra entre o Hamas e Israel estourou, em 7 de outubro. Outros brasileiros que ainda estão presos em Gaza, além de mães, pais e parentes mais distantes de pessoas do primeiro grupo também estão na nova lista. O Itamaraty ainda não tem ideia de prazo apra O primeiro grupo, formado por 34 pessoas entre brasileiros e seus parentes, tentou cruzar a fronteira entre o sul da Faixa de Gaza e o Egito nesta sexta-feira (10), mas o posto de controle da cidade de Rafah foi fechado antes que eles pudessem atravessá-lo. O grupo integra a 7ª lista de estrangeiros que haviam sido autorizados a deixar o território nesta sexta. Desde cedo, eles estavam em frente ao posto de controle da cidade fronteiriça de Rafah, que atualmente é a única via de saída da Faixa de Gaza, aguardando para poder sair. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: Acompanhe as últimas notícias sobre a guerra entre Hamas e Israel Uma nova tentativa será feita no sábado, segundo afirmou ao g1 o embaixadores do Brasil na Palestina, Alessandro Candeias. Candeias disse que apenas cinco ambulâncias com feridos foram autorizadas a passar pela fronteira nesta sexta, e demoraram para chegar até o posto de controle. Parte da demora, disse o embaixador, ocorreu por conta da "forte presença militar israelense em combates ao redor de hospitais", o que fez com que as ambulâncias demorassem para conseguir sair. Mais cedo, o Crescente Vermelho (como é chamada a Cruz Vermelha em países de maioria islâmica) afirmou que uma ação militar de Israel no hospital Al-Quds, no norte de Gaza, deixou um morto e 19 feridos. A passagem de Rafah fica aberta apenas por algumas horas diariamente, por exigência de Israel e do Egito, que alegam risco de que integrantes do grupo terrorista do Hamas possam cruzar a fronteira. O embaixador afirmou esperar que o grupo de brasileiros e seus parentes consiga deixar o território palestino no sábado (11). "Se as ambulâncias puderem sair amanhã, os estrangeiros também poderão, inclusive nossos brasileiros", disse Candeias ao g1. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, confirmou que a passagem foi fechada. "Apesar de terem sido levados até o posto de controle, eles não puderam passar. A passagem é complexa, porque o posto de controle de Rafah fica aberto durante apenas algumas horas por dia, e existe um entendimento de que ambulâncias passam primeiro. Foi o que aconteceu hoje", declarou Vieira. O chanceler também afirmou que a lista com o nome dos 34 que integram o grupo, aprovada na quinta-feira (10) por autoridades que controlam a passagem, já estava em mãos dos governos do Egito e de Israel "havia vários dias". Próximos passos Pessoas caminham em direção ao sul da Faixa de Gaza, em 10 de novembro de 2023. Mahmud Hams/ AFP Após o fechamento da passagem, os brasileiros agora esperarão por uma nova tentativa. Caso não consigam cruzar a fronteira ainda nesta sexta, serão levados a uma nova residência alugada pelo Itamaraty em Rafah enquanto aguardam a nova tentativa. Quando conseguirem atravessar a fronteira e chegar do lado egípcio, o grupo será repatriado após um longo caminho por terra e por ar até chegarem ao Brasil. Antes do atraso, a chegada dos repatriados no Brasil estava prevista para a manhã de domingo (12), em Brasília. Mapa mostra como será o caminho dos brasileiros até o Egito Kayan Silva/g1 Segundo a Embaixada do Brasil no Egito, assim que cruzarem a fronteira, agentes de saúde avaliarão a necessidade de atendimento médico dos brasileiros e seus parentes ainda em Rafah - o governo egípcio montou um hospital de campanha na fronteira para o atendimento a estrangeiros. No Egito, o grupo será recebido por uma equipe de diplomatas e pelo embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto. A partir de Rafah, o Itamaraty considera fazer duas possibilidades de trajeto: Ida em um ônibus até o aeroporto de El Arish, cidade a 53 km de Rafah, para embarque no avião presidencial que já está no Egito à espera do grupo. A aeronave depois fará escalas no Cairo, Roma, Las Palmas, Recife antes da chegada no destino final em Brasília; Viagem até a cidade do Cairo em um ônibus. Neste caso, a previsão é que a viagem por terra dure entre cinco e seis horas. A depender do
Nova leva tem cerca de 50 pessoas, entre cidadãos do Brasil, parentes dos que entraram na primeira lista e até um bebê brasileiro. Primeiro grupo, com 34 pessoas, tentou cruzar a fronteira nesta sexta (10), mas saída foi adiada para sábado (11). Brasileiros são autorizados a sair de Gaza nesta sexta (10) Após reunir um primeiro grupo de brasileiros e seus parentes - que deixariam a Faixa de Gaza nesta sexta-feira (10) mas não conseguiram - o Itamaraty já prepara uma segunda leva de pessoas que tentará retirar do território palestino. O novo grupo é formado por cerca de 50 pessoas e, entre elas, está um bebê brasileiro, filho de uma palestina que vive no Brasil mas estavam em Gaza quando a guerra entre o Hamas e Israel estourou, em 7 de outubro. Outros brasileiros que ainda estão presos em Gaza, além de mães, pais e parentes mais distantes de pessoas do primeiro grupo também estão na nova lista. O Itamaraty ainda não tem ideia de prazo apra O primeiro grupo, formado por 34 pessoas entre brasileiros e seus parentes, tentou cruzar a fronteira entre o sul da Faixa de Gaza e o Egito nesta sexta-feira (10), mas o posto de controle da cidade de Rafah foi fechado antes que eles pudessem atravessá-lo. O grupo integra a 7ª lista de estrangeiros que haviam sido autorizados a deixar o território nesta sexta. Desde cedo, eles estavam em frente ao posto de controle da cidade fronteiriça de Rafah, que atualmente é a única via de saída da Faixa de Gaza, aguardando para poder sair. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: Acompanhe as últimas notícias sobre a guerra entre Hamas e Israel Uma nova tentativa será feita no sábado, segundo afirmou ao g1 o embaixadores do Brasil na Palestina, Alessandro Candeias. Candeias disse que apenas cinco ambulâncias com feridos foram autorizadas a passar pela fronteira nesta sexta, e demoraram para chegar até o posto de controle. Parte da demora, disse o embaixador, ocorreu por conta da "forte presença militar israelense em combates ao redor de hospitais", o que fez com que as ambulâncias demorassem para conseguir sair. Mais cedo, o Crescente Vermelho (como é chamada a Cruz Vermelha em países de maioria islâmica) afirmou que uma ação militar de Israel no hospital Al-Quds, no norte de Gaza, deixou um morto e 19 feridos. A passagem de Rafah fica aberta apenas por algumas horas diariamente, por exigência de Israel e do Egito, que alegam risco de que integrantes do grupo terrorista do Hamas possam cruzar a fronteira. O embaixador afirmou esperar que o grupo de brasileiros e seus parentes consiga deixar o território palestino no sábado (11). "Se as ambulâncias puderem sair amanhã, os estrangeiros também poderão, inclusive nossos brasileiros", disse Candeias ao g1. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, confirmou que a passagem foi fechada. "Apesar de terem sido levados até o posto de controle, eles não puderam passar. A passagem é complexa, porque o posto de controle de Rafah fica aberto durante apenas algumas horas por dia, e existe um entendimento de que ambulâncias passam primeiro. Foi o que aconteceu hoje", declarou Vieira. O chanceler também afirmou que a lista com o nome dos 34 que integram o grupo, aprovada na quinta-feira (10) por autoridades que controlam a passagem, já estava em mãos dos governos do Egito e de Israel "havia vários dias". Próximos passos Pessoas caminham em direção ao sul da Faixa de Gaza, em 10 de novembro de 2023. Mahmud Hams/ AFP Após o fechamento da passagem, os brasileiros agora esperarão por uma nova tentativa. Caso não consigam cruzar a fronteira ainda nesta sexta, serão levados a uma nova residência alugada pelo Itamaraty em Rafah enquanto aguardam a nova tentativa. Quando conseguirem atravessar a fronteira e chegar do lado egípcio, o grupo será repatriado após um longo caminho por terra e por ar até chegarem ao Brasil. Antes do atraso, a chegada dos repatriados no Brasil estava prevista para a manhã de domingo (12), em Brasília. Mapa mostra como será o caminho dos brasileiros até o Egito Kayan Silva/g1 Segundo a Embaixada do Brasil no Egito, assim que cruzarem a fronteira, agentes de saúde avaliarão a necessidade de atendimento médico dos brasileiros e seus parentes ainda em Rafah - o governo egípcio montou um hospital de campanha na fronteira para o atendimento a estrangeiros. No Egito, o grupo será recebido por uma equipe de diplomatas e pelo embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto. A partir de Rafah, o Itamaraty considera fazer duas possibilidades de trajeto: Ida em um ônibus até o aeroporto de El Arish, cidade a 53 km de Rafah, para embarque no avião presidencial que já está no Egito à espera do grupo. A aeronave depois fará escalas no Cairo, Roma, Las Palmas, Recife antes da chegada no destino final em Brasília; Viagem até a cidade do Cairo em um ônibus. Neste caso, a previsão é que a viagem por terra dure entre cinco e seis horas. A depender do horário de chegada, também existe a possibilidade de o grupo dormir em El Arish ou no Cairo e seguir viagem no dia seguinte para o Brasil, nas mesmas escalas, de acordo com o embaixador. O avião do governo brasileiro que aguarda para transportar o grupo ao Brasil está no aeroporto do Cairo, mas também tem autorização para decolar até o aeroporto de El Arish. Chegada e vida no Brasil Após a chegada, o governo federal irá oferecer abrigo, documentação e alimentação ao grupo. Uma força-tarefa será mobilizada ainda no aeroporto de Brasília, onde haverá estrutura de acolhimento com representantes da Polícia Federal e Receita Federal, além da presença de médicos, psicólogos e um posto de imunização para atendimento imediato. Segundo o secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, disse ao blog da Andréia Sadi, os brasileiros e seus parentes poderão ser abrigados no estado de São Paulo. Nesse caso, cada família terá um espaço separado, ainda de acordo com Botelho. A GloboNews apurou que um dos abrigos fica no interior paulista. Quem tiver vínculos no Brasil e queira permanecer em outras cidades terá o deslocamento garantido após concluir a regularização da documentação. A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para refugiados (Acnur) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) também têm dado apoio para garantir a aplicação do protocolo humanitário recomendado para refugiados nessa situação. No grupo, há dez cidadãos palestinos sem nacionalidade brasileira - sete deles pediram refúgio e foram incluídos, e outros três são parentes de brasileiros que abriram pedido de imigração por reagrupação familiar, segundo disse ao g1 o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeias. Segundo o embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto, as famílias receberão os documentos necessários para entrar no Brasil, e caberá à PF fazer os controles na chegada. A presidente do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Sheila Carvalho, afirmou que suas equipes também estão preparadas para receber pessoas sem nacionalidade brasileira reconhecida e em diálogo com outros órgãos para a acolhida. A presidente do Conare também disse que as pessoas que cumprirem as exigências poderão pedir inclusão nos programas de transferência de renda, como o Bolsa-Família.