IAT intensifica fiscalização contra despejo de dejeto de animais em rios no oeste do PR após mais de 50 denúncias em 2023
Número de denúncias cresceu 60% entre 2021 e 2022, subindo de 46 para 73 denúncias. Veja como denunciar. IAT intensifica fiscalização contra despejo de dejeto de animais em rios no oeste do PR após mais de 50 denúncias em 2023 IAT/PR O Instituto Água e Terra (IAT) afirmou que irá intensificar a fiscalização contra despejo de dejetos de animais em rios do oeste Paraná após receber mais de 50 denúncias em 2023. Entre 2021 e 2022, houve aumento de mais de 60% nas denúncias, passando de 46 para 73 denúncias. Apenas nos primeiros seis meses de 2023, foram 56 reclamações. Veja como denunciar mais abaixo nesta reportagem. Conforme o instituto, a fiscalização será intensificada nas bacias do Rio Piquiri, Paraná II e Paraná III, localizadas na região oeste do estado onde há a maior concentração de atividades ligadas à suinocultura e de onde surgiram as denúncias, sendo a maioria registrada em dias chuvosos. A prática é considerada crime ambiental porque pode causar morte de peixes e outros animais, devido a grande presença de fósforo e nitrogênio nas fezes. Despejados sem tratamento correto, elas estimulam a proliferação de algas que consomem o oxigênio da água e inviabilizando respiração de peixes e de outras espécies aquáticas. Além de prejudicar a biodiversidade, a prática também pode causar danos à saúde humana, especialmente quando afeta fontes de abastecimento de água. As multas ambientais para este crime variam de R$ 5 mil a R$ 50 milhões, a depender da gravidade da ocorrência. Desde 2019, o IAT afirma ter aplicado cerca de R$ 974 mil em multas a produtores da região. Suinocultura no oeste do Paraná Segundo a pesquisa trimestral do abate de animais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro a março de 2023, o Paraná contribuiu com 20,5% da produção de suínos no Brasil, totalizando 14,6 milhões de animais. De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), a região paranaense com maior concentração de suinocultura é a de Toledo, no oeste do estado, que compreende 20 cidades. A região gera por dia cerca de 28 milhões de litros de dejetos. De acordo com Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a cidade de Toledo é a maior produtora de suínos do país, com mais de 2,8 milhões de animais em granjas. Como denunciar O IAT pede a colaboração da população para denunciar o despejo de dejetos animais em rios. As denuncias podem ser feitas anonimamente nos escritórios das regionais (clique aqui para acessar os endereços e telefones). Denúncias também podem ser feitas pelos telefones (41) 3213-3466 e (41) 3213-3873 ou pelo 0800-643-0304. O instituto afirmou ainda que as cooperativas instaladas na região também devem colaborar orientando os produtores sobre a importância do despejo correto dos resíduos animais. VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.
Número de denúncias cresceu 60% entre 2021 e 2022, subindo de 46 para 73 denúncias. Veja como denunciar. IAT intensifica fiscalização contra despejo de dejeto de animais em rios no oeste do PR após mais de 50 denúncias em 2023 IAT/PR O Instituto Água e Terra (IAT) afirmou que irá intensificar a fiscalização contra despejo de dejetos de animais em rios do oeste Paraná após receber mais de 50 denúncias em 2023. Entre 2021 e 2022, houve aumento de mais de 60% nas denúncias, passando de 46 para 73 denúncias. Apenas nos primeiros seis meses de 2023, foram 56 reclamações. Veja como denunciar mais abaixo nesta reportagem. Conforme o instituto, a fiscalização será intensificada nas bacias do Rio Piquiri, Paraná II e Paraná III, localizadas na região oeste do estado onde há a maior concentração de atividades ligadas à suinocultura e de onde surgiram as denúncias, sendo a maioria registrada em dias chuvosos. A prática é considerada crime ambiental porque pode causar morte de peixes e outros animais, devido a grande presença de fósforo e nitrogênio nas fezes. Despejados sem tratamento correto, elas estimulam a proliferação de algas que consomem o oxigênio da água e inviabilizando respiração de peixes e de outras espécies aquáticas. Além de prejudicar a biodiversidade, a prática também pode causar danos à saúde humana, especialmente quando afeta fontes de abastecimento de água. As multas ambientais para este crime variam de R$ 5 mil a R$ 50 milhões, a depender da gravidade da ocorrência. Desde 2019, o IAT afirma ter aplicado cerca de R$ 974 mil em multas a produtores da região. Suinocultura no oeste do Paraná Segundo a pesquisa trimestral do abate de animais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro a março de 2023, o Paraná contribuiu com 20,5% da produção de suínos no Brasil, totalizando 14,6 milhões de animais. De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), a região paranaense com maior concentração de suinocultura é a de Toledo, no oeste do estado, que compreende 20 cidades. A região gera por dia cerca de 28 milhões de litros de dejetos. De acordo com Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a cidade de Toledo é a maior produtora de suínos do país, com mais de 2,8 milhões de animais em granjas. Como denunciar O IAT pede a colaboração da população para denunciar o despejo de dejetos animais em rios. As denuncias podem ser feitas anonimamente nos escritórios das regionais (clique aqui para acessar os endereços e telefones). Denúncias também podem ser feitas pelos telefones (41) 3213-3466 e (41) 3213-3873 ou pelo 0800-643-0304. O instituto afirmou ainda que as cooperativas instaladas na região também devem colaborar orientando os produtores sobre a importância do despejo correto dos resíduos animais. VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.