Governador do Rio de Janeiro vira 'pato manco' na Segurança

Em movimento apelidado de "Novo Cangaço", Assembleia Legislativa cercou governador e conseguiu levar a Polícia Civil. Próximo passo será tomar a Polícia Militar. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro Divulgação O governador Claudio Castro virou pato manco na segurança. Não conseguiu manter nem por três semanas o seu secretário de Polícia Civil, o delegado José Renato Torres. Num movimento apelidado de "Novo Cangaço", sua base aliada na Assembleia Legislativa cercou o governador e conseguiu levar a Polícia Civil. O próximo passo será tomar a Polícia Militar. O Novo Cangaço da Alerj tem explicação no atacado e no varejo. No atacado, a ideia de tomar as polícias fluminenses nasceu quando o governo federal nomeou para a a superintendência da Polícia Federal o delegado Leandro Almada. Parte da classe política do Rio temia voltar a ser o foco das investigações da Polícia Federal. E queria monitorar os avanços das investigações sobre o caso Marielle, entre outras. Castro tentou com diversas autoridades federais impedir a nomeação, mas não conseguiu. Foi então que surgiu a ideia de "politizar" a polícia fluminense. A ideia era fazer frente à Polícia Federal e até antecipar movimentos que os federais pudessem fazer. Castro resistiu e passou a bater publicamente na Polícia Federal, como aceno para sua base. A resistência durou até a queda de Torres. Castro, que já não tinha secretário de segurança (cargo extinto quando ele chegou ao poder como vice de Wilson Witzel, em 2018) agora não tem a Polícia Civil. Ou, no mínimo, tem a guarda compartilhada com o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, que participou ativamente para derrubar o secretário de Polícia Civil. A indicação do novo chefe de Polícia Civil é atribuída ao deputado Márcio Canella, do União Brasil. Partido do clã Brazão, cujo nome já apareceu nas investigação do assassinato de Marielle, como responsável por tentar atrapalhar as investigações. A Justiça rejeitou a denúncia contra Brazão. No varejo, a explicação é a de sempre - delegacias e batalhões podem render votos. Para os mal intencionados, dinheiro.

Governador do Rio de Janeiro vira 'pato manco' na Segurança

Em movimento apelidado de "Novo Cangaço", Assembleia Legislativa cercou governador e conseguiu levar a Polícia Civil. Próximo passo será tomar a Polícia Militar. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro Divulgação O governador Claudio Castro virou pato manco na segurança. Não conseguiu manter nem por três semanas o seu secretário de Polícia Civil, o delegado José Renato Torres. Num movimento apelidado de "Novo Cangaço", sua base aliada na Assembleia Legislativa cercou o governador e conseguiu levar a Polícia Civil. O próximo passo será tomar a Polícia Militar. O Novo Cangaço da Alerj tem explicação no atacado e no varejo. No atacado, a ideia de tomar as polícias fluminenses nasceu quando o governo federal nomeou para a a superintendência da Polícia Federal o delegado Leandro Almada. Parte da classe política do Rio temia voltar a ser o foco das investigações da Polícia Federal. E queria monitorar os avanços das investigações sobre o caso Marielle, entre outras. Castro tentou com diversas autoridades federais impedir a nomeação, mas não conseguiu. Foi então que surgiu a ideia de "politizar" a polícia fluminense. A ideia era fazer frente à Polícia Federal e até antecipar movimentos que os federais pudessem fazer. Castro resistiu e passou a bater publicamente na Polícia Federal, como aceno para sua base. A resistência durou até a queda de Torres. Castro, que já não tinha secretário de segurança (cargo extinto quando ele chegou ao poder como vice de Wilson Witzel, em 2018) agora não tem a Polícia Civil. Ou, no mínimo, tem a guarda compartilhada com o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, que participou ativamente para derrubar o secretário de Polícia Civil. A indicação do novo chefe de Polícia Civil é atribuída ao deputado Márcio Canella, do União Brasil. Partido do clã Brazão, cujo nome já apareceu nas investigação do assassinato de Marielle, como responsável por tentar atrapalhar as investigações. A Justiça rejeitou a denúncia contra Brazão. No varejo, a explicação é a de sempre - delegacias e batalhões podem render votos. Para os mal intencionados, dinheiro.