Câmera de segurança flagra momento em que jovem é assassinado após marcar encontro por aplicativo de relacionamento gay em SP
Leonardo Rodrigues Nunes, de 24 anos, foi baleado e morto na região do Sacomã em 12 de junho. Vítima foi abordada foi dois homens que chegaram ao ponto de encontro de moto. Jovem é morto no Sacomã após ser atraído para emboscada por app gay Uma câmera de segurança flagrou o momento em que Leonardo Rodrigues Nunes foi assassinado após marcar um encontro por meio de aplicativo de relacionamento voltado para o público gay, em 12 de junho, na região do Sacomã, Zona Sul de São Paulo (veja acima). O jovem de 24 anos marcou um encontro pelo Hornet no bairro Vila Natália e pegou uma corrida por um aplicativo de transporte para chegar ao endereço. Como forma de garantir a sua própria segurança, antes de sair de casa, por volta de 23h, ele compartilhou sua localização com amigos e alertou que, se não retornasse até as 2h, a polícia poderia ser acionada. Passo a passo do vídeo: A ação dos criminosos acontece na Rua Rolando e dura dois minutos; Leonardo chega de carro, com motorista de aplicativo Leonardo espera o suposto date no final da rua, onde não havia iluminação pública, por isso a câmera não consegue captá-lo inicialmente; Os dois suspeitos aparecem em uma moto às 23h36 e anunciam o assalto; A vítima reage e a ação que ocorre no canto direito da câmera. A captação da imagem é comprometida pelo portão de um imóvel e pela claridade vinda do farol da motocicleta; Após cerca de um minuto e 20 segundos, Leonardo começa a correr pela rua enquanto é perseguido por um dos assaltantes que vestia um capacete; O suspeito atira duas vezes contra o jovem que cai no chão; Em seguida, o criminoso ainda se aproxima e aponta o revólver mais uma vez para a vítima, parece que ele atira; Por fim, ele sobe na garupa da moto e foge com o comparsa, enquanto Leonardo fica ferido e estirado no chão. Como os amigos do jovem não receberam notícias dele, um boletim de ocorrência chegou a ser registrado na 5ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Pessoas Desaparecidas. Após o crime, Leonardo foi levado para o pronto-socorro do Hospital Ipiranga, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele era natural de Minas Gerais e vivia na região central da capital. "Isso não pode continuar. Hoje foi o meu filho, amanhã é o filho de quem? Quantos mais Leos a gente vai precisar perder?" questiona Adriana, a mãe do rapaz. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou em nota que "a polícia já ouviu outras vítimas do mesmo golpe visando à coleta de elementos que auxiliem na identificação de suspeitos". O g1 não conseguiu contato com a Hornet para comentar o caso. Pelo site da plataforma, a empresa inclui dicas de segurança para os usuários e um email pelo qual os usuários podem denunciar casos. No entanto, não possui informações sobre verificação de perfis na plataforma. Leonardo tinha 24 anos. Arquivo pessoal Outros casos de golpe Segundo levantamento do g1, nos últimos cinco meses, pelo menos 9 jovens gays foram vítimas de emboscadas na região do Sacomã, após marcar encontros por meio de aplicativos de relacionamento, como o Grindr e o Hornet. Confira o modus operandi dos criminosos a partir dos relatos obtidos pela reportagem: As vítimas conhecem o suposto rapaz pelo Hornet ou Grindr, aplicativos voltados para o público gay; Após conversarem por dias pelo aplicativo de relacionamento, o suspeito compartilha seu número de WhatsApp, dando sequência a conversa e ganhando a confiança do jovem; Um encontro é marcado na região do Sacomã, onde supostamente o suspeito mora; O criminoso se oferece para pagar a corrida do carro de aplicativo até o local do encontro e acompanha a localização da vítima em tempo real; Quando o jovem recusa a oferta e paga pela própria corrida, o suspeito pede a localização em tempo real pelo WhatsApp ou pede os dados da corrida; Chegando ao local, a vítima encontra a rua deserta; Então, o jovem é abordado por dois homens armados em uma moto que anunciam o assalto; O principal objetivo é roubar o celular das vítimas, porém os criminosos também já levaram cartões, carregador, fones de ouvido e até mesmo par de chinelos. Mediante ameaças de morte, eles ainda obrigam a vítima a passar a senha do celular e, posteriormente, efetuam compras em aplicativos como de delivery de comida. Uma das vítimas chegou a ser agredida com soco, pois se esqueceu da senha e a tela do celular ficou bloqueada por dez minutos. Outra pensou que a arma fosse de brinquedo, resistiu ao assalto e quase foi baleada. LEIA MAIS: Homens que marcaram encontros por app gay são atraídos para emboscadas no Sacomã, onde jovem foi morto; 9 roubos foram registrados nos últimos 5 meses Esses assaltos são investigados pelo 95° Distrito Policial (DP) de Heliópolis. A Polícia Civil prendeu temporariamente um dos suspeitos em 20 de junho. O suspeito foi detido na residência da mãe, onde foram apreendidos dois capacetes de moto. Segundo uma fonte do 95° DP, o criminoso já foi
Leonardo Rodrigues Nunes, de 24 anos, foi baleado e morto na região do Sacomã em 12 de junho. Vítima foi abordada foi dois homens que chegaram ao ponto de encontro de moto. Jovem é morto no Sacomã após ser atraído para emboscada por app gay Uma câmera de segurança flagrou o momento em que Leonardo Rodrigues Nunes foi assassinado após marcar um encontro por meio de aplicativo de relacionamento voltado para o público gay, em 12 de junho, na região do Sacomã, Zona Sul de São Paulo (veja acima). O jovem de 24 anos marcou um encontro pelo Hornet no bairro Vila Natália e pegou uma corrida por um aplicativo de transporte para chegar ao endereço. Como forma de garantir a sua própria segurança, antes de sair de casa, por volta de 23h, ele compartilhou sua localização com amigos e alertou que, se não retornasse até as 2h, a polícia poderia ser acionada. Passo a passo do vídeo: A ação dos criminosos acontece na Rua Rolando e dura dois minutos; Leonardo chega de carro, com motorista de aplicativo Leonardo espera o suposto date no final da rua, onde não havia iluminação pública, por isso a câmera não consegue captá-lo inicialmente; Os dois suspeitos aparecem em uma moto às 23h36 e anunciam o assalto; A vítima reage e a ação que ocorre no canto direito da câmera. A captação da imagem é comprometida pelo portão de um imóvel e pela claridade vinda do farol da motocicleta; Após cerca de um minuto e 20 segundos, Leonardo começa a correr pela rua enquanto é perseguido por um dos assaltantes que vestia um capacete; O suspeito atira duas vezes contra o jovem que cai no chão; Em seguida, o criminoso ainda se aproxima e aponta o revólver mais uma vez para a vítima, parece que ele atira; Por fim, ele sobe na garupa da moto e foge com o comparsa, enquanto Leonardo fica ferido e estirado no chão. Como os amigos do jovem não receberam notícias dele, um boletim de ocorrência chegou a ser registrado na 5ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Pessoas Desaparecidas. Após o crime, Leonardo foi levado para o pronto-socorro do Hospital Ipiranga, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele era natural de Minas Gerais e vivia na região central da capital. "Isso não pode continuar. Hoje foi o meu filho, amanhã é o filho de quem? Quantos mais Leos a gente vai precisar perder?" questiona Adriana, a mãe do rapaz. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou em nota que "a polícia já ouviu outras vítimas do mesmo golpe visando à coleta de elementos que auxiliem na identificação de suspeitos". O g1 não conseguiu contato com a Hornet para comentar o caso. Pelo site da plataforma, a empresa inclui dicas de segurança para os usuários e um email pelo qual os usuários podem denunciar casos. No entanto, não possui informações sobre verificação de perfis na plataforma. Leonardo tinha 24 anos. Arquivo pessoal Outros casos de golpe Segundo levantamento do g1, nos últimos cinco meses, pelo menos 9 jovens gays foram vítimas de emboscadas na região do Sacomã, após marcar encontros por meio de aplicativos de relacionamento, como o Grindr e o Hornet. Confira o modus operandi dos criminosos a partir dos relatos obtidos pela reportagem: As vítimas conhecem o suposto rapaz pelo Hornet ou Grindr, aplicativos voltados para o público gay; Após conversarem por dias pelo aplicativo de relacionamento, o suspeito compartilha seu número de WhatsApp, dando sequência a conversa e ganhando a confiança do jovem; Um encontro é marcado na região do Sacomã, onde supostamente o suspeito mora; O criminoso se oferece para pagar a corrida do carro de aplicativo até o local do encontro e acompanha a localização da vítima em tempo real; Quando o jovem recusa a oferta e paga pela própria corrida, o suspeito pede a localização em tempo real pelo WhatsApp ou pede os dados da corrida; Chegando ao local, a vítima encontra a rua deserta; Então, o jovem é abordado por dois homens armados em uma moto que anunciam o assalto; O principal objetivo é roubar o celular das vítimas, porém os criminosos também já levaram cartões, carregador, fones de ouvido e até mesmo par de chinelos. Mediante ameaças de morte, eles ainda obrigam a vítima a passar a senha do celular e, posteriormente, efetuam compras em aplicativos como de delivery de comida. Uma das vítimas chegou a ser agredida com soco, pois se esqueceu da senha e a tela do celular ficou bloqueada por dez minutos. Outra pensou que a arma fosse de brinquedo, resistiu ao assalto e quase foi baleada. LEIA MAIS: Homens que marcaram encontros por app gay são atraídos para emboscadas no Sacomã, onde jovem foi morto; 9 roubos foram registrados nos últimos 5 meses Esses assaltos são investigados pelo 95° Distrito Policial (DP) de Heliópolis. A Polícia Civil prendeu temporariamente um dos suspeitos em 20 de junho. O suspeito foi detido na residência da mãe, onde foram apreendidos dois capacetes de moto. Segundo uma fonte do 95° DP, o criminoso já foi identificado como o autor dos assaltos por cinco de sete vítimas convocadas pela polícia. O reconhecimento foi possível em razão das características do rosto e uma tatuagem. Durante interrogatório na delegacia, o homem negou ter cometido o crime e se recusou a passar outras informações. Para a investigação, a onda de assaltos foi promovida por mais de dois criminosos que provavelmente se revezam durante as ações. Leonardo foi morto após marcar encontro por aplicativo de relacionamento Reprodução