Justiça determina que mais famílias sejam retiradas das áreas afetadas pela mineração em Maceió

Decisão atende a pedido do MPF para que imóveis que tinham apenas indicação de monitoramento sejam realocados, devido ao risco de afundamento do solo no Mutange, problema causado pela extração de sal-gema feita pela Braskem durante décadas na região. afundamento do solo mutange braskem maceió Reprodução/TV Gazeta A Justiça Federal determinou nesta quinta-feira (30) que novos imóveis sejam incluídos no mapa de realocação, área onde estão localizadas as minas abertas pela extração de sal-gema, de responsabilidade da Braskem (veja o mapa mais abaixo). A decisão acontece depois que a Prefeitura de Maceió declarou situação de emergência por causa do risco de colapso iminente na mina de número 18, localizada no Mutange. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Após a decisão judicial, a Defesa Civil de Maceió divulgou um novo mapa de realocação, elaborado em conjunto com a Defesa Civil Nacional, com o apoio técnico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O destaque em vermelho no mapa mostra a área onde estão localizados os imóveis que passaram de criticidade 01 (menor risco) para criticidade 00 (maior risco) e que precisarão ser desocupados. Veja abaixo: Após decisão judicial, Defesa Civil de Maceió divulga novo mapa de realocação Defesa Civil de Maceió Em sua decisão, o juiz Ângelo Cavalcanti Alves de Miranda Neto determinou que: os moradores da área de criticidade 00 no sejam incluídos no Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação da Braskem. Nesse caso, os moradores precisam deixar suas casas os moradores da área de criticidade 01 podem escolher entre serem incluídos no Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação da Braskem ou serem atendidos pelo Programa de Reparação do Dano Material, sem a necessidade de desocupação/realocação "A publicidade de tal ato administrativo, delineando as áreas de criticidade 00 e 01 na região afetada, é medida que se impõe para resguardar a segurança dos moradores e o direito à informação da população atingida, não havendo razões para postergar sua divulgação e as medidas necessárias para melhor encaminhamento da população", diz um trecho da decisão do magistrado. A Defesa Civil de Maceió informou que a expansão do mapa não indica riscos imediatos à população. Sua função principal é o aprimoramento constante dessas áreas, com o objetivo de prevenção e da gestão eficiente de possíveis situações emergenciais. A Braskem informou que continua monitorando a situação da mina 18 e que os dados mais recentes demonstram que o movimento do solo permanece concentrado na área dessa mina. A empresa afirmou que "continua tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências" e que segue colaborando com as autoridades competentes. Clique aqui para se inscrever e receber no seu WhatsApp as notícias do g1 ???? Famílias deixam suas casas e hospital é evacuado A ação foi ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público de Alagoas (MP-AL) e Defensoria Pública da União (DPU). Segundo os autos, na quarta (29), a Braskem informou que seus sistemas de monitoramento têm indicado "possível condição de deslocamento abrupto do solo". Os dados mais recentes reforçam a possibilidade iminente desses "eventos danosos" na região. Com isso, prefeitura e Braskem têm feito a retirada dos moradores que ainda ocupam imóveis situados a área de risco delimitada pela Justiça. O Hospital Sanatório, que fica no bairro Pinheiro, vizinho ao Mutange, também foi evacuado. Desde que a mineração para extração de sal-gema realizada pela Braskem foi apontada como a principal causa das rachaduras que surgiram no solo e em imóveis de cinco bairros de Maceió, mais de 14 mil imóveis precisaram ser evacuados. Segundo a Braskem, até 31 de outubro deste ano, 99,3% dos imóveis localizados na área de risco já foram desocupados. Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL Veja mais notícias da região no g1 AL

Justiça determina que mais famílias sejam retiradas das áreas afetadas pela mineração em Maceió

Decisão atende a pedido do MPF para que imóveis que tinham apenas indicação de monitoramento sejam realocados, devido ao risco de afundamento do solo no Mutange, problema causado pela extração de sal-gema feita pela Braskem durante décadas na região. afundamento do solo mutange braskem maceió Reprodução/TV Gazeta A Justiça Federal determinou nesta quinta-feira (30) que novos imóveis sejam incluídos no mapa de realocação, área onde estão localizadas as minas abertas pela extração de sal-gema, de responsabilidade da Braskem (veja o mapa mais abaixo). A decisão acontece depois que a Prefeitura de Maceió declarou situação de emergência por causa do risco de colapso iminente na mina de número 18, localizada no Mutange. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Após a decisão judicial, a Defesa Civil de Maceió divulgou um novo mapa de realocação, elaborado em conjunto com a Defesa Civil Nacional, com o apoio técnico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O destaque em vermelho no mapa mostra a área onde estão localizados os imóveis que passaram de criticidade 01 (menor risco) para criticidade 00 (maior risco) e que precisarão ser desocupados. Veja abaixo: Após decisão judicial, Defesa Civil de Maceió divulga novo mapa de realocação Defesa Civil de Maceió Em sua decisão, o juiz Ângelo Cavalcanti Alves de Miranda Neto determinou que: os moradores da área de criticidade 00 no sejam incluídos no Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação da Braskem. Nesse caso, os moradores precisam deixar suas casas os moradores da área de criticidade 01 podem escolher entre serem incluídos no Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação da Braskem ou serem atendidos pelo Programa de Reparação do Dano Material, sem a necessidade de desocupação/realocação "A publicidade de tal ato administrativo, delineando as áreas de criticidade 00 e 01 na região afetada, é medida que se impõe para resguardar a segurança dos moradores e o direito à informação da população atingida, não havendo razões para postergar sua divulgação e as medidas necessárias para melhor encaminhamento da população", diz um trecho da decisão do magistrado. A Defesa Civil de Maceió informou que a expansão do mapa não indica riscos imediatos à população. Sua função principal é o aprimoramento constante dessas áreas, com o objetivo de prevenção e da gestão eficiente de possíveis situações emergenciais. A Braskem informou que continua monitorando a situação da mina 18 e que os dados mais recentes demonstram que o movimento do solo permanece concentrado na área dessa mina. A empresa afirmou que "continua tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências" e que segue colaborando com as autoridades competentes. Clique aqui para se inscrever e receber no seu WhatsApp as notícias do g1 ???? Famílias deixam suas casas e hospital é evacuado A ação foi ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público de Alagoas (MP-AL) e Defensoria Pública da União (DPU). Segundo os autos, na quarta (29), a Braskem informou que seus sistemas de monitoramento têm indicado "possível condição de deslocamento abrupto do solo". Os dados mais recentes reforçam a possibilidade iminente desses "eventos danosos" na região. Com isso, prefeitura e Braskem têm feito a retirada dos moradores que ainda ocupam imóveis situados a área de risco delimitada pela Justiça. O Hospital Sanatório, que fica no bairro Pinheiro, vizinho ao Mutange, também foi evacuado. Desde que a mineração para extração de sal-gema realizada pela Braskem foi apontada como a principal causa das rachaduras que surgiram no solo e em imóveis de cinco bairros de Maceió, mais de 14 mil imóveis precisaram ser evacuados. Segundo a Braskem, até 31 de outubro deste ano, 99,3% dos imóveis localizados na área de risco já foram desocupados. Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL Veja mais notícias da região no g1 AL